Uma Exposição sobre o Salmo 23





Salmo 23

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. 
Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas. 
Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. 
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. 
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda. 
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.(Salmo de Davi) 

Vivemos num mundo onde muitas, se não a maioria, das pessoas são engolfadas pelo medo e pela ansiedade. Alguns temem o futuro, vivem angustiados pelo que está para acontecer. Outros temem o passado e vivem angustiados pelo que já aconteceu. E ainda outros temem até mesmo o presente, a ansiedade se apodera de suas almas e não podem nem imaginar como enfrentarão o horror da atual situação de suas vidas. Milhares de pessoas a cada dia acordam com incontáveis problemas para resolver e aflições com as quais precisam lidar. Você é um destes? Carregando secretamente um carga tão pesada?

Eu costumava trabalhar para uma firma de consultoria financeira na qual tinha oportunidade de conversar com muitos homens de negócios a cada semana. Nunca me esquecerei de uma conversa que tive com um zangado comerciante de uma certa parte do Canadá. Ele estava no negócio de pesca já havia algum tempo. Toda sua família obtinha seu sustento dessa indústria há tanto tempo quanto podia lembrar-se. Estive conversando com ele na época em que o regime do governo canadense estava levando grande parte de suas indústrias à bancarrota, devido ao corte no orçamento e ao esvaziamento dos estoques de pescado. Em questão de poucos meses toda sua vida se desintegrou diante dele - ele observou impotente a perda de todo seu rendimento e de todos os seus bens. Quando lhe falei naquele dia, ele amaldiçoou o Governo e, à medida em que conversávamos tornou-se evidente que ele estava tomado pelo medo e pela angústia a cerca do futuro - seu futuro e de sua esposa, filhos e outros familiares. Ele estava tomado de angústia pelo seu futuro financeiro.

E você? Vive angustiado por causa de suas finanças? Para muitos de nós esta é uma área tremendamente preocupante, mas às vezes passamos da preocupação à ansiedade e somos possuídos por pensamentos de como proteger nosso futuro financeiro. Alguns de vocês têm filhos na universidade e não sabem como vão fazer para continuar a mantê-los até que concluam os estudos. Alguns têm problemas com hipoteca. Outros têm problemas com segurança e vivem angustiados a respeito do que o futuro lhes reserva.

Para alguns de nós não é o aspecto financeiro em si, mas tão somente as preocupações com o futuro e sobre o rumo de sua vida. Você é formado na faculdade, é casado, mas ainda se pergunta onde a vida o está levando ou o que Deus realmente quer de você. Tanto quanto saiba você O está procurando e fazendo tudo o que sabe e lhe foi ensinado a fazer. Mas ainda assim não está seguro do que está à sua frente.

A questão então se torna: De que forma Deus quer que eu reaja à ansiedade em minha vida?. Bem, como em todas as grandes questões da vida, as Escrituras nos dão uma resposta. Desta vez ela vem da vida de Davi. Davi diz, por exemplo, no Salmo 23, que há uma maneira construtiva e que glorifica a Deus de reagir à ansiedade em nossas vidas. Ele diz que deveríamos confiar em Deus como o bom e fiel pastor e regozijar-nos em Sua Graça. Agora, deve-se dizer que responder a Deus dessa maneira não resolverá necessariamente seus problemas financeiros, mas Deus proverá a confiança necessária conforme o que Ele estiver fazendo em sua vida. Ele o convencerá, como fez com Davi, de que é Ele quem está dirigindo a sua vida, que Ele é o único que está no controle de todos os detalhes e circunstâncias. Isto proporcionará uma incrível paz e o conhecimento de que sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Vamos examinar o Salmo 23.

Davi foi um homem exatamente como nós. Ele foi tentado a afligir-se por sua vida em muitas ocasiões, no mínimo em uma das muitas vezes em que Saul o esteve perseguindo, o que, de acordo com alguns comentaristas, pode muito bem ser cenário deste Salmo. Mas, veja, Davi suportou o tormento por seu pecado confiando e se regozijando em Deus. O Salmo 23 providencia então um modelo para nós, um paradigma a ser seguido durante toda a nossa vida, em como reagir a todas às dificuldades e aborrecimentos que estiverem em nosso caminho.

O Salmo tem duas divisões básicas, cada qual propiciando uma parte da resposta à nossa questão a cerca das preocupações. Os primeiros quatro versos se concentram em Deus como fiel e bom pastor de seu povo. Isso nos chama a confiar nEle como tal. A segunda seção delineada nos dois últimos versos, focaliza nossa atenção em Deus como um anfitrião gracioso, preparando uma esplêndida refeição para um convidado, e termina no nosso regozijo em Sua Graça sobre nós. Por que não lemos o Salmo agora.

I. Confiar em Deus como bom e fiel Pastor

A. Para o sustentar

1. Jeová é pessoal

Assim veja, Davi diz na primeira seção - versos 1 a 4, que Jeová é um pastor fiel e na última seção, versos 5 e 6, que Jeová é uma pessoa misericordiosa. Vamos falar sobre Deus como pastor por um momento. Há 3 coisas principais que quero que vocês vejam a respeito de Deus como seu pastor: 1) Ele o sustém (isto depreende-se dos versos 1 a 3a); 2) Ele o guia (v. 3b) e 3) Ele o protege (v. 4).

Focalizando primeiramente em Sua provisão, vemos 3 coisas emergir do texto. Primeiro, Deus é um pastor pessoal. Davi diz que o Senhor é o meu pastor. É como se Davi estivesse dizendo que ele sabia que o Deus do universo foi pessoalmente a ele e assumiu o controle, como um bom pastor, de toda a sua vida. Você entende isso? Você conhece o Senhor como seu pastor pessoal, como Davi? O resultado disso, de acordo com Davi, foi o conhecimento de que nada lhe faltaria. Algumas versões dizem, O Senhor é o meu pastor, eu tenho tudo o que preciso. Como um bom pastor, Jeová dá de Si mesmo para nós e então, realmente, não temos falta de nada. O restante dos versos 2 a 4 simplesmente sustentam isso. Como podemos falhar em confiar num Deus que tem disponibilizado tanto de Si mesmo para nós?

2. Seu sustento é perfeito

Em segundo lugar vemos no verso 2, que o sustento de Deus é perfeito. Davi diz que o bom pastor guia seu rebanho para pastos verdes e águas tranqüilas. Os pastos verdes provavelmente se referem aos tenros brotos novos que crescem de manhã e que são tão apreciados pelos animais da Palestina. As águas tranqüilas provavelmente se referem a uma nascente de águas refrescantes. O salmista quer nos fazer entender que este pastor vai a qualquer lugar por seu rebanho. O pastor quer que tenham o melhor e é igualmente sensível às suas necessidades. Davi quer nos fazer entender que Jeová faz o mesmo por seu povo. Essa foi a experiência de Davi e deve ser a nossa também. Alguns de nós lutam com grande esforço por causa de sua situação financeira, da situação profissional, assim como com outras coisas, mas precisamos nos agarrar à verdade, que a medida em que procuramos a Deus, não estaremos obtendo o quase melhor dEle. Ele é o pastor fiel para nos dar somente o que é excelente de acordo com Seu próprio tempo e propósito. Você pode confiar Nele assim? Atente para o que Paulo disse que o bom pastor faz por seu povo: Ele é aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (Rm. 8:32)

3. Seu sustento renova e satisfaz (3a)

A primeira parte do verso 3, que é ele restaura minha alma, deveria ser entendida antes de mais nada, como uma metáfora do rebanho e seu pastor. Então, poderíamos dizer que os pastos verdes e as águas tranqüilas, providenciados pelo cuidado do pastor são a nutrição física e a força do rebanho. O pastor literalmente restaura a vida do rebanho debaixo do seu cuidado.

A providência de Deus para Davi e para nós tem a mesma finalidade. Ao mesmo tempo que supre tanto as necessidades físicas quanto espirituais, ela nos restaura e recompõe. No final das contas reforça nossa confiança em Deus e enleva nossa alma a Ele. Satisfaz nossos anseios para receber de Suas mãos.

4. Conclusão

Assim, veja que é razoável confiar em nosso fiel pastor. Sua providência é sempre perfeita e nos renova e satisfaz. Ao invés de nos preocuparmos até a morte, porque não confiar em Deus pelo que somente Ele pode prover? A fiel providência de Deus é somente uma parte daquilo que Ele faz para os que O conhecem e O amam. Ele também os guia. Veja o verso 3b.

B. Para o guiar

Ele me guia pelas veredas da justiça por causa do seu nome. Quero chamar sua atenção para duas coisas aqui: 1) Ele o guia por caminhos de justiça; 2) Ele faz isso por causa do Seu nome..

1. Ele o guia pelas veredas da justiça

E Davi prossegue para dizer que, à medida em que caminhamos pela vida, Deus nos guia, como um bom pastor, pelas veredas da justiça. Para o rebanho, é claro, isso significa caminhos retos ou precisos; caminhos que levam com certeza aos lugares de descanso e provisão mencionados no verso 2. Mas para Davi, Deus desejava conduzi-lo por caminhos de retidão durante seu reinado e capacitá-lo para ganhar grandes batalhas em sua missão de possuir a terra prometida como nação. Deus deseja nos conduzir em maior e maior retidão em nossas vidas também. Deveríamos nos preocupar com isto. Paulo diz em I Ts. 4:7 que Deus não nos tem chamado para propósitos impuros, mas em santificação ou santidade e que o intento de Deus é nos santificar por inteiro (5:23). Então devemos manter um pequeno acerto de contas com Deus. Para alguns de nós esta é a razão de não confiarmos a Deus o que devemos fazer. Nós queremos saber que Deus é o nosso pastor, porém toleramos o pecado em nossas vidas. E vão-se longos períodos sem confissão. Devemos confessar nossos pecados e permitir que Deus, como nosso fiel pastor, nos ajude. João diz que quando confessamos nossos pecados, Deus é fiel para perdoar e limpar. Mas repare porque Ele nos conduz e nos guia.

2. Ele o guia por causa do seu nome

O final do verso 3 dá a razão pela qual Deus é como um pastor fiel para Davi e ainda para nós, hoje. Ele faz isso por causa de Seu próprio nome. Quer dizer, é por causa da glória e reputação de Seu próprio nome e de Sua honra. Que espécie de reputação ganharia um pastor da Palestina se todos soubessem que ele era negligente e irresponsável para com seu próprio rebanho? Deixe-me fazer uma outra pergunta, que espécie de reputação Deus ganharia para si mesmo se fosse negligente para com aqueles que dependem dEle? O nome de Deus está em sintonia com a sua vida. Ele quer mostrar ao mundo que Ele é fiel para prover todas as suas necessidades e guiá-lo em caminhos de retidão, numa vida santa.

Até aqui vimos que Jeová deveria ser confiado como o bom pastor, especialmente como o Único que provê de Si mesmo e fielmente os dirige também. Mas, pastorear, no antigo Oriente Próximo, consistia em mais do que apenas cuidar e guiar o rebanho de alguém. O pastor devia também protegê-lo. Isto, é claro, como já falamos na introdução, está focalizado no verso 4.

C. Para o proteger

Davi diz mesmo que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam. A frase vale da sombra da morte muito provavelmente se refere às profundas ravinas entre os penhascos íngremes. E não era tão incomum na Palestina para um pastor ter que entrar por essas ravinas escuras, onde o perigo era iminente (ou vindo dos próprios penhascos ou de animais escondidos à espreita por sua presa), via de regra para conseguir uma nova fonte de alimentos. Davi diz assim é com a minha vida. Freqüentemente enveredamos pelo que aparentam ser circunstâncias perigosas - talvez Davi estivesse pensando nas tentativas feitas contra sua vida por Saul e outros - mas nós não precisamos temer porquanto o pastor está conosco e é capaz de impedir qualquer perigo com sua vara e seu cajado, assim Deus é poderoso o suficiente para nos proteger dos perigos. Para nós, a aplicação que os Apóstolos fazem, não é que Deus nos livrará de todas as circunstâncias perigosas - isso, evidentemente, é falso, como muitos podem testificar - mas que: 1) nada pode nos separar de Cristo durante todas essas experiências (Rm. 8: 38-39) e, 2) que Ele sozinho foi aprovado em todas as coisas que são permitidas nos afligir; 3) é para nosso próprio bem e para um conhecimento mais profundo dEle (Rm. 8:28). Alguns estão passando por situações muito difíceis com seus filhos, no seu emprego e até mesmo lutando com uma morte prematura em sua família. Você precisa saber que Deus não o abandonou - Ele não é um mercenário - Ele é o Pastor Fiel (Jo. 10:14). Ele somente tem permitido que seu conhecimento, no final das contas, seja bom para você e nunca permitirá que haja separação permanente entre você e Ele. Você pode confiar que Ele o protegerá de tudo o que Ele não deseja para sua vida.

D. Resumo

Deus é um pastor fiel. Ele nos provê de tudo sem poupar um único detalhe. Ele nos guia por caminhos retos por causa de Sua própria reputação e Ele nos protege, não para nos livrar das dificuldades, apesar de fazê-lo às vezes, mas permitindo em nossas vidas apenas o que nos é benéfico de acordo com Seu bom propósito para nós. Precisamos confiar nEle como nosso fiel pastor.

A questão que levantamos na introdução e que tem sido compartilhada durante este estudo, como temos visto no Salmo 23 é: como reagirei aos problemas e à dor em minha vida?. A primeira parte do Salmo nos encoraja a confiar em Deus como o fiel pastor, ao invés de vivermos sobrecarregados de ansiedade. Mas não para por aí, pois o exemplo de Davi também nos encoraja a nos regozijarmos na graça de Deus para nós. Vejamos os versos 5 e 6.

II. Regozijando-se na graça de Deus

A. Porque Ele não poupa suas bênçãos (5)

O quadro aqui é de Deus como um gracioso anfitrião, proporcionando um banquete como se não poupasse despesas com seu convidado. Davi diz o meu cálice transborda, o que poderia significar que a qualidade da bebida é absolutamente soberba ou que o anfitrião o serviu com abundância. De qualquer forma a tremenda graça de Deus é evidente na experiência de Davi aqui. De fato, a implicação no verso 5 é de que esta tem sido a experiência de Davi com Jeová acima de qualquer outra coisa em sua vida e o verso 6 parece indicar que Davi está confiante igualmente de que a graça e a companhia de Deus continuarão por todos os seus dias..

B. Porque isso resulta em sua constante companhia (6)

Ele diz no verso 6 Certamente (repare na segurança de Davi) a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida. Melhor que ser perseguido por seus inimigos (Saul), a bondade e misericórdia (a misericórdia de Deus) de Deus o seguirão em todos os seus dias e ele sabe que habitará na casa do Senhor enquanto viver. Davi antevê que a direção de sua vida tem como centro a companhia e a comunhão com seu Deus. A graça de Deus pode proporcionar isso em nossas vidas também. Percebemos o quão gracioso Deus tem sido para conosco em Cristo, perdoando nossos pecados contra Ele e dando-nos Seu Espírito para nos capacitar a caminhar com Ele? (I Co. 2:12) Nós devemos nos regozijar na graça de Deus para nós, mais do que carregarmos a angústia das circunstâncias que o bom pastor permite em nossas vidas.
Conclusão

Como deveríamos nós, como povo que proclama conhecer tal grande pastor e gracioso anfitrião, reagir às dificuldades e às provações que Ele permite que nos aflijam? Poderíamos reagir como o pescador de Newfoundland fez... o único com quem falei ao telefone naquele dia. Poderíamos nos tornar tão obcecados por nossos problemas e ansiedade pelo futuro a ponto de ignorar a Deus e nos fazer incapazes de experimentar seu fiel pastoreio e graciosa disposição para conosco. Poderíamos nos zangar com Ele por permitir que tais coisas nos aconteçam quando nada fizemos para merecê-las? No entanto, o exemplo de Davi nos encoraja a reagir de modo diferente. Davi diria que quando estamos ansiosos a respeito das circunstâncias ou por alguma coisa importante, deveríamos confiar em Deus como o fiel pastor e nos regozijarmos em Sua graça para conosco. O resultado, eu penso, é que viremos a compreender, como Davi, que de acordo com o fiel pastor, somente a bondade e a misericórdia têm nos acompanhado por toda nossa vida!







DESEJO DE NATAL

Se eu pudesse compor, eu comporia
um poema de paz e de ventura,
cujas palavras cheias de ternura
fossem do amor a eterna melodia.
Se eu soubesse cantar, eu cantaria
nesta Noite de Luz e de doçura,
e toda a Terra venturosa e pura
minha canção a Deus entoaria!
Pois nesta Noite de Natal, de glória,
um menino mudou a própria história
da Humanidade que não tinha Fé...
Que em cada coração aqui presente
possa nascer, feliz, eternamente,

O SINGULAR JESUS DE NAZARÉ!



O NATAL DE JESUS 

Natal. Noite em Belém. A noite é bela.
O céu está tranqüilo e deslumbrante.
Quase ninguém percebe a luz daquela
Estrela singular e fascinante.

Quanta beleza envolve aquela tela,
o menino nasceu e o povo errante
há de encontrar no filho que revela
uma história de amor edificante.

Grande exemplo naquela estrebaria
nos deu Jesus, o filho de Maria,
ao pecador que seu perdão implora.

Hoje, neste Natal, a Humanidade
já não tem fé, amor, fraternidade,
pois a ganância tudo quer e explora.

filemon.martins@uol.com.br










Evidências:
A morte de Herodes Agripa I

No capítulo 12 do livro de Atos nos é dito que um certo Herodes – que é conhecido dos historiadores seculares como Herodes Agripa I – mandou matar o apóstolo Tiago, e quis fazer o mesmo com Pedro, mas um anjo apareceu e libertou Pedro da prisão. Então, próximo do fim do capítulo, Lucas nos dá este relato: 

“Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E, descendo da Judéia para Cesaréia, Herodes passou ali algum tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo, se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto, camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (Atos 12:19-23).

Naturalmente, esta é o próprio tipo de história que os céticos dizem que prova que a Bíblia não é historicamente acurada. É muito forçada, eles dizem, para ser verdade.
Acontece, contudo, que a morte de Herodes Agripa é contada também pelo historiador judeu do primeiro século, Josefo. Sua narrativa diz:

“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua província. No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele era um deus; e acrescentavam: ‘Sê misericordioso conosco, pois ainda que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem, contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal’. Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas, estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: ‘Eu, a quem chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida; enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal, tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte...’ Quando ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).

Josefo é muito mais prolixo do que Lucas, mas a concordância entre as duas histórias é tocante. Os relatos são bastante diferentes, para que nenhum pudesse sido copiado do outro. E são bastante semelhantes para atestar um ao outro a autenticidade, ainda que Josefo pareça acrescentar alguns promenores até fantasiosos.
Este é um exemplo de como as fontes antigas, não cristãs, dão testemunho da exatidão histórica da Bíblia. E é uma de muitas. Naturalmente, isto coloca os incrédulos numa posição bem desconfortável. Se a Bíblia é consistentemente acurada em retratar tais eventos como a morte de Herodes, então não temos razão sólida para duvidar dos seus registros de milagres. Não há razão sólida para duvidar da ressurreição de Jesus. Não há evidência sólida de que estas coisas não aconteceram. Mas na Bíblia temos testemunhas oculares de escritores que, ponto por ponto, têm provado a si mesmos como confiáveis. Mais ainda, por meio de outros estudos vemos que é completamente razoável concluir que Deus existe, meramente pelo exame do funcionamento do universo físico. E certamente o Deus que criou o universo é capaz de executar os milagres descritos nas Escrituras. Portanto, vemos novamente que a evidência é toda a favor de aceitar a Bíblia no que ele declara ser – a palavra de Deus.
– por Jim Robson




Deus estabeleceu o dia da bonança e o da adversidade com um objetivo bem específico: que o homem nada descubra do que há de vir depois dele


 "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele" ( Ec 7:14 ). 
    1. totalgifs.com natureza gif gif 45.gif
      1. LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro.
      2. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.
      3. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
      4. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
      5. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
      6. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
      7. O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.
      8. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.
Introdução
Deus estabeleceu o dia da bonança e o da adversidade com um objetivo bem específico: que o homem nada descubra do que há de vir depois dele "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele" ( Ec 7:14 ).
O maior problema da humanidade geralmente fixa-se no dia de amanhã e, Jesus conhecendo esta realidade, instruiu o povo dizendo: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” ( Mt 6:25-34  ).
Apesar das escrituras demonstrarem que foi Deus quem estabeleceu o dia da adversidade, muitos tentam se socorrer dos salmos para se livrarem das aflições deste tempo presente, o que transtorna o objetivo primordial dos salmos.
Quantas vezes o Salmo 121 foi recitado! Quantas vezes ele foi utilizado como um amuleto! O que motiva as pessoas utilizarem esse salmo em suas orações para adquirirem bênçãos materiais é a falta de entendimento, pois o entendido sabe distinguir as bênçãos eternas das aquisições materiais.
Quais as bênçãos de Deus para com os homens? O Salmo 103 contém as bênçãos que Deus quer dar aos homens, pois as enumera e as descreve: Ele perdoa as iniquidades e sara todas as enfermidades do homem ( Sl 103:3 ; Is 53:4 ), ou seja, é Ele quem redime e salva o homem pelo seu amor e misericórdia, etc.
No verso 5 do salmo 103, o salmista anuncia em meio as bênçãos de Deus que é Ele que enche a boca do homem de bens ( Sl 103:5 ). Por que os bens do Senhor não estão relacionados com as mãos, mas com a boca?
Porque para ‘enriquecer’ o homem ‘enchendo sua boca de bens’ é necessário uma intervenção divina profunda. Da boca do homem natural só procede mentira, engano, pois é disto que fala desde que nasce ( Sl 58:3 ), seu coração é enganoso. Quando o homem é circuncidado por Deus, o coração enganoso é trocado por um novo coração, de sorte que o homem renasce e torna-se uma nova criatura ( Sl 51:10 ; Ez 36:25 -28). Somente com um novo coração dado por Deus sairá abundantemente o bem da boca do homem, pois do que há em abundância no coração disto fala a boca ( Mt 12:34 ).
Quando lemos a bíblia, devemos considerar que tudo que o Senhor Jesus ensinou a multidão foi dito por enigmas, parábolas "E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos" ( Mc 4:34 ); "E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?" ( Mc 4:13 ).
Se Jesus ordenou para que não se ajunte tesouro na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, seria um contra senso o salmo declarar que a boca cheia de bens faz referência a bens materiais "Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam" ( Mt 6:20 ). Certo é que a ‘bênção do Senhor que enriquece’ não trará bens pertinentes a este mundo, mas ao mundo vindouro, pois a vida do homem não consistes nos bens que possui ( Lc 12:15 ).
Cristo, a sabedoria de Deus, é a bênção do Senhor que enriquece "Riquezas e honra estão comigo; assim como os bens duráveis e a justiça" ( Pv 8:18 ), pois n’Ele não há trabalho, dores, antes Ele é o descanso prometido ( Hb 4:3 ).
O que acrescenta dores é o trabalho diuturno do homem, pois foi castigado no Éden com o trabalho árduo, somente comerá do suor do seu rosto tendo dores ( Gn 3:17 ).
Seria um carro a bênção do Senhor? Não, pois junto com o carro vêm os impostos, a gasolina, a manutenção, a preocupação, o ladrão, a ferrugem, etc., mas a bênção do Senhor é tesouro que se guarda nos céus, onde a traça e a ferrugem não consomem.
Portanto, após acatar o que o apóstolo Paulo recomendou: "Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes" ( 1Tm 6:8 ), visto que aqueles que querem ser ricos neste mundo será acometido de muito trabalho, resta refugiar-nos em Cristo, que é justiça e bem durável “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” ( 1Tm 6:9 -10).
Então, qual o objetivo do salmo 121, a quem se aplica as promessas deste Salmo? Ao salmista e rei Davi?
Ora, sabemos que Davi era profeta e, que Deus havia prometido a Davi que seu Filho haveria de se assentar sobre o trono das duas casas de Israel “Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração” ( Sl 89:3 -4).
As promessas contidas neste salmo apontam para Cristo, pois o objetivo dos salmos é revelar Jesus Cristo o filho de Davi ( Lc 1:69 ), que ao despir-se da sua glória e sujeitar-se às mesmas fraquezas que os homens ( Fl 2:7 ; Hb 2:17 ), buscaria proteção, guarida à sombra de Deus.

totalgifs.com natureza gif gif 02.gif 
LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. 2  O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.
O Filho de Davi na adversidade confiaria no Deus da sua salvação, e nesta previsão o salmista deixa claro que Cristo sempre faria menção do nome do Senhor: o meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra! “Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude” ( Sl 22:9 -11). 
Olhando as nações ao redor (montes), em nenhuma delas há socorro, mas em Deus o socorro é bem presente na hora da angustia ( Sl 46:1 ). 
Monte, outeiro são figuras utilizadas para fazer referencia às nações e os povos, como se lê "E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do SENHOR no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações" ( Is 2:2 ), ou seja, o profeta Isaías anuncia que, a nação de Israel (monte) se firmará e se elevará acima de outras nações (outeiros), pois concorrerá a Israel todas as nações"Assim virão muitos povos e poderosas nações, a buscar em Jerusalém ao SENHOR dos Exércitos, e a suplicar o favor do SENHOR" ( Zc 8:22 ).

 totalgifs.com natureza gif gif 03.gif
3  Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. 4  Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. 5  O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. 6  O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. 7  O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. 8  O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

Nesta previsão são enumeradas as bênçãos de Deus sobre o Verbo encarnado:
Não deixará vacilar o teu pé – Por que Cristo não vacilaria? A resposta está no salmo 16: “Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei. Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente” ( Sl 16:8 -11) - Por confiar no Pai, nunca o Cristo haveria de vacilar ( Sl 91:2 ). O Salmo 16 aplica-se a Cristo conforme o que demonstrou o apóstolo Pedro aos israelitas no dia de pentecostes ( At 2:25 -28); 
Aquele que te guarda não tosquenejará, eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda – Deus promete através da boca do salmista velar, guardar o seu Filho com todo zêlo. Não haveria o menor descuido quanto ao Filho, o Verbo que se fez carne e habitou entre os homens. O Filho jamais ficaria abandonado por neste mundo, pois seria objeto do cuidado de Deus em todos os momentos, mesmo nas horas de angustias e na morte, pois foi do agrado do Pai estabelecê-lo por aliança do povo (Israel) e luz para os que jaziam em trevas (gentios) "Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios" ( Is 42:6 ); "Guarda a minha alma, pois sou santo: ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia" ( Sl 86:2 );
O SENHOR é a tua sombra à tua direita – Deus promete ao seu Filho proteção constante, ou seja, seria a sua própria sombra, tendo em vista que o Filho haveria de invocá-lo "Guarda-me como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas asas" ( Sl 17:8 ) "Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos" ( Sl 91:11 ; Sl 91:15 ); 
O sol não te molestará de dia nem a lua de noite – Este verso aponta a investida dos homens e de satanás contra Cristo através de palavras de engano (setas) “Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia” ( Sl 91:5 -6). Nem os homens da religião e nem satanás haveria de demover com palavras de engano o Cristo da sua firmeza, pois a palavra que expressa a vontade do Pai lhe seria escudo e broquel. Cristo estaria protegido debaixo das asas do Pai, o que demonstra que Deus é fiel a sua palavra, o Verbo que se fez carne ( Sl 91:1 e 4 ); 
O SENHOR te guardará de todo o mal – Cristo foi morto de forma cruel e negaram-lhe justiça, então como pode ter se cumprido este salmo na vida dele? O mal que o salmo fala é da palavra do engano, pois Cristo não pecou, visto que não houve na sua boca o engano "E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca" ( Is 53:9 ; IPe 2:22 ). Por colocar o Pai como refugio, Deus promete ao Filho completa isenção do mal “Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda” ( Sl 91:9 -10); 
Guardará a tua alma – Esta é uma promessa além-túmulo, quando Cristo fosse sepultado "Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção" ( Sl 16:10 );"Para que viva para sempre, e não veja corrupção" ( Sl 49:9 ); "Em ti, ó Senhor, me refugio; nunca seja eu envergonhado; livra-me pela tua retidão (...) Nas tuas mãos encomendo o meu espírito...” ( Sl 31:1 -5).
O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre – Esta promessa remete ao momento em que Cristo seria introduzido no mundo na condição de unigênito de Deus ( Hb 1:6 ), e Deus usou José poderosamente para cuidar de Maria e do menino avisando-o em sonhos para saírem de Nazaré, livrando-o das mãos de Herodes, pois diferente de todo os homens, que entraram neste mundo por Adão, a porta larga, Cristo foi lançado da madre por Deus na condição de porta estreita, porém, seria perseguido ao nascer "Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe" ( Sl 22:10 ; Mt 2:18 ); Já a saída se daria sob a proteção do Pai, visto que triunfantemente antes de morrer, disse: "Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, SENHOR Deus da verdade" ( Sl 31:5 ). Quando no seio da terra Deus não permitiu que a sua alma permanecesse na morte e nem que o seu corpo visse corrupção, visto que foi ressuscitado por Deus dentre os mortos.

 totalgifs.com natureza gif gif 33.gif
Veja a proteção que Deus estabeleceu sobre o seu Filho neste Salmo e, se você sentir necessidade de proteção, confie em Deus e lembre-se, a sua vida está escondida com Cristo em Deus, pois você, quando creu em Cristo para salvação, passou a ser um dos seus filhos "Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus" ( Cl 3:3 ). 
Cristo prometeu que estará com os seus seguidores todos os dias da vida até a consumação dos séculos ( Mt 28:20 ), mas a presença de Cristo não exclui as aflições deste mundo ( Jo 16:33 ). 
O alivio e descanso prometido por Cristo não diz das desilusões e aflições deste mundo, antes refere-se a libertação do pecado proveniente da queda de Adão. 
...

Só o Senhor é Deus em minha vida , é vida para aqueles que crer - em.
O Senhor é  o criador, e toda sua criação rende-lhe Glórias e Louvores.
 Até as estrelas exaltam sua  soberania, em louvores e brilho.
O REI REINA PARA SEMPRE. AMÉM
.




O Propósito Eterno de Deus
Duas perguntas têm desafiado a humanidade em toda a história de que se tem conhecimento.  A primeira é: "De onde viemos?".  Gênesis 1:1 apresenta claramente a resposta:  "No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1:1).  Nenhuma outra resposta é tão lógica, e certamente não tem tanta autoridade quanto essa.

A resposta à segunda pergunta é muito mais difícil.  "Por que estamos aqui?"  Sem dúvida, a resposta se encontra na própria natureza de Deus, sobretudo no fato de que "Deus é amor" (1 João 4:8,16).  O amor explica muitas coisas que não poderiam ser explicadas de outra forma, tanto nas questões humanas quanto nas operações de Deus.

A Natureza do Amor

O amor precisa ter um objeto.  E, quanto mais esse objeto parecer conosco, mais nós o amaremos.  Um cachorro é um animal de estimação melhor que um peixinho, porque o cachorro se assemelha mais aos homens em suas reações.

Nenhum cachorro ou outro animal, é claro, se compara ao ser humano.  Adão fez um levantamento de todos os animais criados por Deus e os nomeou, "para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea" (Gênesis 2:20).  Deus fez para ele uma mulher S ossos de seus ossos e carne de sua carne.  Por fim, Adão teve uma ajudadora comparável a ele, um objeto perfeito de seu amor.

Outro fato sobre o amor é que, à medida que cresce, ele deseja uma multiplicação de objetos.  Adão também serve de exemplo para isso.  O seu amor por Eva levou ao nascimento de Caim, de Abel, de Sete e de outros "filhos e filhas".

A Natureza do Amor de Deus

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus . . . " (João 1:1).  Ele era o objeto perfeito do amor de seu Pai, pois era perfeitamente comparável ao Pai.  Seguindo o caráter do amor, no entanto, Deus queria muito mais filhos como Jesus.  Então disse:  "Façamos o homem à nossa imagem" (Gênesis 1:26).  E o fizeram!  Adão e Eva e toda a humanidade são o resultado do propósito amoroso de Deus.

Romanos 8:29-30

Criado à imagem de Deus, o homem adquiriu o poder de escolha.  Deus devia ter sabido que nem todo homem optaria por ser o que Deus esperava dele, mas ele teve o pré-conhecimento de que alguns teriam esse desejo; e "aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29).  Esse texto confirma o propósito de Deus para a nossa existência.  Ele queria mais filhos como o primeiro filho.

Atos 17:26-27

"De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós."

Uma das grandes maiores alegrias da paternidade é ver nosso filho pedir a nossa ajuda.  Que pai não teve a satisfação de poder atender, com palavras de segurança e com um abraço tranqüilizador, a um filho que durante a noite lhe chamou com medo?  Qual de nós nunca ficou emocionado de ouvir uma vozinha atrás de nós:  "Estou seguindo as tuas pegadas"?

Deus desejava filhos que procurassem por ele, que o amasse de todo o coração, alma e mente (Mateus 22:37).  Ele queria que fossem seus seguidores como filhos amados (Efésios 5:1).  Ele queria vê-los obedecendo-lhe sempre para o bem deles (Deuteronômio 6:24).  Ele ansiava conceder-lhes "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tiago 1:17).  E foi por isso que ele nos formou!

O Jardim do Éden

O Éden foi um paraíso enquanto Adão e Eva amavam e respeitavam a Deus.  Era um paraíso, não tanto por causa da perfeição e da beleza física de Adão e de Eva, mas sim por causa da beleza da sua santidade.  Não tanto por causa da falta de cardos e de abrolhos, mas mais por causa da falta de pecado. Não tanto por causa da presença da árvore da vida, mas mais por causa da "presença do Senhor Deus . . . por entre as árvores do jardim" (Gênesis 3:8).  Na verdade, Deus habitava com o homem.  Era o céu na terra.

Satanás viu o plano de Deus e decidiu afastar as criaturas de seu Criador.  Em conseqüência das tentativas de Satanás, a humanidade está longe do que Deus desejava, e o mundo está longe de ser um paraíso.  Mas Deus não abandonou seu propósito.  Ele predestinou os que o amavam para serem chamados, justificados, glorificados e "conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:28-29).  E, tendo predeterminado isso, isso tem que acontecer, custe o que custar.

A Bíblia é a história da execução do plano de Deus apesar da oposição de Satanás.  É a história do amor vencedor.  Nenhuma decisão que possamos fazer é tão urgente como a decisão de amar aquele que nos amou primeiro e permitir que o seu propósito seja concretizado em nossa vida.

- por Sewell Hall

Acima das desilusões

Na vida todos nós enfrentamos desilusões.
Nos decepcionamos com amigos, parentes, e até conosco mesmo.
Nos desiludimos quando vemos um sonho se transformar em pesadelo, um alvo se transformar numa miragem bem distante, um desejo desaparecer como uma neblina.
A desilusão dói, como um ferimento. Atinge a qualquer um, sem acepção.
Mas o importante é saber que novos sonhos podem ser sonhados, e que um novo dia certamente amanhecerá.
Fomos criados por Deus com a incrível capacidade de nos recuperarmos.
Fomos feitos com a capacidade de sair das cinzas para a glória, do nada para o tudo, da derrota para a vitória.
Como a águia, temos dentro de nós o desejo de voar grandes alturas, portanto também acima das desilusões.
Cada desilusão é um convite a um novo sonho, a uma nova visão da vida.
É um convite a um novo desafio, a um novo caminho... 





Nada pode separar o homem do amor de Deus. Ele nos ama incondicionalmente.




A ESPERA SILENCIOSA
PR. ALEJANDRO BULLÓN
"Alguma vez o assaltou a idéia de que por ter caído tantas vezes na vida espiritual, Deus não queira mais saber de você? Existe algo no mundo que seja capaz de separar Deus de você? Tem você o direito de pensar que Deus o abandonou e o esqueceu?

"Veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai". (S. João 1:11 a 14)

O Verbo se fez carne. O Senhor Jesus Cristo se fez carne e habitou em meio de nós.

Você alguma vez foi assaltado? Esta pergunta pode parecer sem muito sentido. Mas eu já fui assaltado três vezes.

O assalto é uma experiência interessante de se contar e terrível de se viver. Depois de sermos assaltados, algo terrível acontece na nossa mente. Começamos a tremer quando pensamos que poderíamos estar mortos. Começamos a acreditar que existem pessoas que por um pouco de dinheiro são capazes de tirar a vida de outras pessoas. Depois do primeiro assalto, eu vivi dias difíceis porque tinha a impressão de que toda pessoa desconhecida que se aproximava de mim, ia me assaltar. Eu desconfiava de todos. Quando alguém vinha por uma calçada, eu passava para a outra. No ponto de ônibus, eu ficava meio distante e quando alguém se aproximava, eu olhava com suspeita e ficava pronto para fugir se fosse o caso. Fiquei traumatizado pois vivi um momento dramático em minha vida. Colocaram uma faca em meu peito e o meu dinheiro e relógio foram levados. A partir daquele momento comecei a desconfiar das pessoas.

Amigo, isto talvez seja o mais trágico do pecado. O pecado cria desconfiança entre os seres humanos; cria barreiras intransponíveis; abre brechas entre marido e mulher; cria limites entre pais e filhos. O pecado abre distância entre os membros de uma mesma igreja; abre feridas que depois não se fecham; causa traumas que o tempo não é capaz de apagar. Porém, talvez o mais terrível do pecado seja mesmo a dolorosa experiência de nos afastar, de nos separar, de nos isolar do mundo.

Quando você era criança e fazia algo de errado, a primeira coisa que vinha à sua mente era se esconder, não era? Pois é. O pecado nos faz esconder, nos faz partir para longe. Ele nos separa de Deus criando uma barreira entre o Pai e nós.

Nós adultos, quando cometemos algo de errado contra uma pessoa, temos medo de nos encontrar com ela e se por acaso a encontramos, temos vergonha de olhar em seus olhos.

O pecado separa as pessoas, as famílias, os irmãos, os amigos. Talvez você já tenha sido traído por um amigo em quem confiava. Talvez já tenha sido traído pelo seu cônjuge; pelo pai ou pelo filho; ou até mesmo por um pastor ou ancião da sua igreja, e entende perfeitamente o que falo. Isto é o que o pecado nos traz. Porém, o pior de tudo é que o pecado nos separa de Deus.

A minha pergunta é: O pecado separa Deus de nós? Veja o que a Bíblia diz: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". (Romanos 8:38 e 39)

Amigo, quero que você entenda isto, porque quando Jesus veio a este mundo, os líderes de Seu tempo não conseguiram entender. Tenho a impressão de que hoje muitos cristãos também não entendem este assunto.

O pecado nos separa de Deus, mas não separa Deus de nós. Quando Jesus veio a este mundo, as pessoas não conseguiam entender isto, e confundiam o pecado com o pecador. Quando um homem cometia um pecado, ele era rejeitado e desprezado. Ninguém mais se relacionava com esse homem.

Jesus veio para arrancar esse conceito da mente humana. Por isso, quando Jesus estava nesta terra, enquanto os membros da igreja daquele tempo se afastavam dos pecadores, Jesus os procurava, se juntava e se assentava com eles. Quer dizer que Deus aprovava a vida dos pecadores? Não, porém, sabia que para salvá-los tinha de buscá-los e amá-los. Enquanto isso, os líderes da igreja formavam um pequeno grupo à parte e criticavam o Senhor Jesus por esta atitude.

Veja o que diz a Bíblia: "Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles". (Lucas 15:1 e 2)

Amigo, os membros da igreja de Deus naquela época não aceitavam a idéia de que o pecado nos separa de Deus, mas não separa Deus de nós.

Quando pecamos, escolhemos abandonar a Deus. Partimos para nosso próprio mundo; andamos em nossos caminhos; fazemos coisas que nos machucam por dentro e que machucam as pessoas queridas que estão ao nosso redor. Mas o pecado não separa Deus de nós. Ele vai atrás de nós, nos suplica, nos espera, nos ama.

Entretanto, os líderes daquele tempo não conseguiram entender isso, perseguiram o Senhor Jesus e finalmente O mataram.

Jesus ao andar nesta terra procurou os miseráveis pecadores, as prostitutas, e seguramente procurou também os homossexuais e toda a gente perdida daquele tempo. Gente como Maria Madalena que tinha prometido sete vezes que mudaria de vida e não tinha forças para mudar; leprosos, paralíticos, cegos, gente que não tinha mais esperança, que não sabia mais para aonde ir. Foram esses quem Jesus procurou. Foi com eles que Jesus se sentou, comeu e viveu.

Na hora da morte, Jesus não escolheu dois homens de melhor conduta para morrer entre eles. Ele foi crucificado entre dois ladrões. Morreu do jeito que viveu. Viveu entre pecadores e morreu entre pecadores. Ele tinha vindo a este mundo para dar esperança aos homens sem esperança. Eles eram o motivo de Sua vida.

Isto não quer dizer que Jesus consentia com as atitudes erradas da prostituta ou aceitava a desonestidade de Zaqueu. Não! Isto não quer dizer que Jesus aprovava os caminhos errados desses homens. Jesus não consente com o pecado, mas ama o pecador.

Aqui, há uma grande mensagem de esperança para você e para mim: Não importa quem você é, por onde andou, quando caiu nem de que maneira pode estar neste momento; não importa quão amarrado você possa estar a costumes, vícios e hábitos dos quais não pode se libertar. Quero que saiba algo: Jesus o ama. Ele nunca aprovou sua conduta, mas Ele nunca deixou de amá-lo. Esta é a mensagem central da Bíblia.

É por isso que encontramos esta repetida figura nas Sagradas Escrituras. Em Gênesis, quando Adão e Eva pecaram, o pecado os separou de Deus. Eles procuraram folhas de figueira e se esconderam atrás de uma árvore. Não queriam mais saber de Deus. Queriam fugir. O pecado separa o homem de Deus, mas não separa Deus do homem. E é por isso que Deus, ao entardecer, desceu de Seu trono celeste, pisou na terra e procurou o homem.

A mensagem central da Bíblia é que o ser humano, por causa do pecado, vive longe de Deus, mas mesmo assim Deus o ama. Por mais que o homem esteja vivendo na miséria, Deus não perde as esperanças, continua acreditando, esperando e suplicando.

Quando o povo de Israel saiu livre do Egito, Deus esteve na montanha entregando as tábuas com os Dez Mandamentos a Moisés. Enquanto acontecia um momento glorioso lá em cima, embaixo o povo se entregava à idolatria. Tinha feito um bezerro de ouro e estava adorando e dançando em torno desse ídolo. Deus disse: Far-me-ão um santuário e Eu habitarei no meio deles.

Ah, amigo! Esses homens por causa de seus pecados, não estavam dando ouvidos a Deus. Eles não estavam querendo saber de Deus de tão arrastados que estavam pela idolatria.

Hoje, talvez não estejamos adorando bezerros de ouro, mas sim um tipo de cultura, de música, de literatura; um tipo de amizade, ou um estilo de vida, não sei. Talvez estejamos adorando a nossa própria capacidade humana. Mas assim mesmo Deus quer habitar em nosso meio.

Como pode Deus querer estar no meio de um povo que não quer saber nada dEle? Aí está o grande e maravilhoso amor de Deus. Deus vai atrás do ser humano, corre, acredita, espera, trabalha. O Espírito Santo te segue, te persegue; te fala de uma maneira, de outra; às vezes dramática, outras com suavidade; te fala com amor, te sacode, te fala através de um terremoto ou de uma tragédia, mas te fala. Deus não perde as esperanças e acredita que um dia você acordará.

Nos versos 1 e 2 do capítulo 15 de Lucas, os fariseus acusam a Jesus: "Por que se junta aos pecadores? Por que vive e come com os pecadores?"

Jesus neste mundo, falou em parábolas. E nesse mesmo capítulo encontramos três: A parábola da moeda, da ovelha e do filho. Os três perdidos. Isto quer dizer que Jesus se junta aos pecadores a fim de buscá-los.

A parábola do filho é conhecida como a parábola do filho pródigo. Por que filho pródigo? Porque foi muito pródigo em gastar seu dinheiro, sua vida, sua saúde e sua juventude. Acho que a parábola não devia se chamar a parábola do filho pródigo e sim, a parábola do pai pródigo. Pródigo em amar, em acreditar. Pródigo em ter paciência e esperar.

A figura que se destaca em Lucas 15 não é o filho que se perde, mas o pai que vai atrás desse filho. É o pai que espera. É o pai que ama. É o pai que suplica. O Espírito de profecia diz que foi o amor do pai que finalmente venceu no coração do filho e o trouxe de volta. Eu pergunto: Amou o pai a seu filho quando ele se comportava bem, quando trabalhava na fazenda e cumpria todos os seus deveres? O amou mais do que quando ele estava em meio aos porcos, as prostitutas, gastando sua vida e seu dinheiro? Em que momento Deus mais ama seu filho? Em que momento o pai da parábola mais amou seu filho?

Quando o filho estava em casa e se portava bem, o pai o amava muito e estava feliz. Quando o filho se afundou na miséria do pecado, o pai continuou amando-o muito, mas estava triste. Aí está a diferença. Quando nós deixamos que Seu poder nos transforme e que Seu Espírito nos guie em Seus caminhos, Deus nos ama muito e fica feliz. Mas quando deixamos de prestar atenção à direção do Espírito Santo e nos afundamos na miséria da vida, Deus continua nos amando, só que agora com lágrimas nos olhos. Essa é a diferença.

Muita gente não é capaz de entender esta mensagem e pensa assim: "Pastor, o senhor está pregando uma mensagem perigosa, porque se o senhor diz que o homem peca e Deus continua amando, e que o amor dEle não tem limite, então o senhor está incentivando o pecado, e o homem pode pensar: "Por que vou deixar de pecar se Deus me ama mesmo no pecado"?

Mas quem fizer esta pergunta é porque nunca compreendeu o que é capaz de fazer o amor de Deus. Ele sabia perfeitamente que se o amor não fosse capaz de transformar uma vida, nada mais o seria. Jesus sabia por exemplo que se o amor dEle não fosse capaz de transformar Maria Madalena, nada mais a transformaria. Por isso a amou, acreditou e esperou. Embora Maria caísse uma vez, caísse outra e mais outras e ninguém mais acreditasse que um dia ela se levantaria, Jesus, entretanto, continuou acreditando e o Seu maravilhoso amor foi o maior argumento que pôde conscientizá-la de seu estado pecaminoso. Quando ela compreendeu isto, se agarrou num fio de esperança e foi banhada no sangue de Jesus.

Maria aprendeu a desconfiar de sua própria força de vontade e a depender de Cristo se ajoelhando e dizendo: "Senhor Jesus, sozinha, estou perdida. Posso prometer um milhão de vezes, mas nunca conseguirei. Preciso que Tu operes um milagre em minha vida. Preciso que Tu faças algo que eu não posso fazer por mim mesma". E só assim foi transformada.

Ah, querido! Meu pai foi um homem muito duro, um homem que não admitia erros. Ele não conhecia Jesus, mas era um homem muito honesto. Não aceitava a Jesus, mas era um moralista de primeira linha. Para ser um moralista não precisa ser cristão. Ser cristão é viver preocupado em deixar que Jesus viva em você. Ser moralista é viver preocupado apenas em portar-se bem. Mas, graças a Deus, no fim de sua vida, aceitou a Jesus e tornou-se um cristão. E como eu já disse, ele não admitia erros, e eu, quando garoto, cometia muitos erros.

Certo dia fiz algo errado. Meu pai já tinha me dado uma advertência, mas eu continuava errando no mesmo ponto. Um dia, do qual não me esquecerei, fui flagrado. Eu sabia que quando meu pai chegasse, à tarde, teria que me acertar com ele. Ele tinha me prometido que se eu cometesse aquele erro mais uma vez me daria vinte chicotadas. Quando ele chegou, eu já estava preparado. Então me disse: Venha ao quarto. E fui. Eu devia ter nove anos, dez, talvez. Eu tinha vestido quatro calças para assim diminuir a dor e meu pai percebeu. Eu quero imaginar neste momento meu pai vendo entrar o filho, com as pernas grossas por causa das quatro calças. Eu, com nove anos pensava que meu pai não perceberia, mas parece que percebeu. Eu era uma caricatura diante de meu pai tentando resolver o meu problema vestindo quatro calças. Ele podia ter rido de mim, mas não riu. Eu vi lágrimas em seus olhos. O chicote estava em sua mão. Eu sabia que merecia o castigo. Ele devia dar-me as vinte chicotadas que tinha prometido. Eu já tinha me dito que não choraria nem reclamaria. Estava pronto para receber meu castigo. Meu pai não conhecia a palavra perdão, mas aquela tarde aconteceu uma coisa estranha. Aquele homem duro se emocionou e disse:

- Venha cá. Aproxime-se mais.

Cheguei perto dele. Ele tinha o chicote na mão. Fechei os olhos esperando a primeira chicotada, mas o que eu senti foi um abraço. Meu pai me abraçou. Havia lágrimas em seus olhos e então me disse:

- Filho, eu não quero castigá-lo. Não pense que eu sinto prazer em castigá-lo. Eu o amo filho, mas tenho que fazer isso para o seu próprio bem; para que você não sofra quando crescer. Você tem que aprender a obedecer agora.

Mas ele me abraçou e continuou:

- Filho, desta vez eu não vou lhe bater, pode ir.

Se meu pai tivesse me dado as vinte chicotadas eu não teria derramado uma lágrima. Mas aquela tarde, chorei. Seu abraço doeu mais que vinte chicotadas. Seu amor doeu mais que seu castigo. Se ele me castigasse talvez eu continuasse fazendo aquilo que tinha feito sempre. Mas naquele mesmo dia prometi para mim mesmo que nunca mais faria meu pai chorar.

Jesus conhece bem o poder que o amor tem, e é por isso que quando erramos Ele não diz: "Vá embora, você não presta. Você pisou nos Meus mandamentos e traiu a Minha confiança. Não quero mais saber de você. Você é um caso perdido. Esqueça que Eu existo. Não volte para mim quando estiver precisando".

Ah, amigo, Deus não faz isto. O pecado nos afasta de Deus, mas ele não é capaz de afastar Deus de nós. Deus nos procura, Ele vai atrás de nós, nos espera, acredita. Ele nos ama. É por isso que você não tem o direito de permanecer triste. Você não tem o direito de estar pensando que não tem mais jeito. Deus o ama e nunca deixou de amá-lo. Ele morreu para salvá-lo. Deu Seu Espírito Santo com a plenitude de Seu poder para fazê-lo vitorioso, para tirá-lo da mediocridade, e dar-lhe a vitória.

Não quer você aceitar Jesus ? Não quer abrir o seu coração e lhe dizer: "Obrigado Senhor porque nunca deixaste de me amar. Obrigado também pelo poder que vem da cruz para transformar a minha vida".
ORAÇÃO


Querido Pai, ouve o clamor silencioso das pessoas que precisam de Ti. Obrigado porque Tu acreditas no ser humano. Obrigado também porque quando Tu perdoas, Tu esqueces e transformas. Coloque neste momento a Tua mão poderosa sobre cada vida. Em nome de Jesus. Amém.


Estive pensando sobre os valores desta vida, a respeito de cada degrau que temos de subir, culturamente, socialmente, intelectualmente... Tudo tem um fim um dia, e pra onde vão todas as coisas que pensávamos ser de grande importância? Mas esquecemos de cultivar o tesouro maior, o que se pode ter mais valoroso, e a única riqueza que podemos levar nessa viagem: A vida espiritual diante do altar de Deus, em santidade, amor, fé e adoração. 
Tive um pai terreno que muito estudou, viveu como guerreiro, vencendo todas as barreiras pra ser alguém, ter nome, statos, diplomas, riquezas etc. Sim era tudo de bom, bem sucedido e razoavelmente bem estabelecido financeiramente. Um dia do nada, acontece um acidente e sua vida foi ceifada; Eu a beira do caixão, inconformada meditava sobre tudo que ele foi, tudo que conseguiu, tudo que estudou, tudo, naquele instante era nada, só um ser decompondo-se... Pra onde tinha ido tudo?
Dali compreendi a importância duma verdadeira vida com Jesus, de termos braços abertos a nos esperar com amor incondicional e perdão imensurável, é Esse o Deus a quem amo, e espero encontrar um dia, pra poder dizer que vale sim, viver crendo na eternidade e no seu grande amor.
Ele nos ama, e nos abraça, a sua benção enriquecem, não acrescenta dores. É esse o senhor de minha vida, o Cristo, o Salvador.