QUATRO MARCAS QUE DIFERENCIAM A PREGAÇÃO DE JESUS DA PREGAÇÃO DOS DEMAIS PREGADORES
 

1a. MARCA: JESUS PREGOU ALICERÇADO NO SEU PRÓPRIO NOME
Observe-se que o cientista fala em nome da Ciência, o juiz, em nome do Direito e da Justiça; o político, em nome da Pátria; o artista, em nome da Arte. Todos falam em nome de alguma coisa, menos no nome deles próprios, ou colocando-se como tema principal, como coluna e garantia da veracidade do que estão afirmando. Só Jesus Cristo falou em seu próprio Nome, usou a si mesmo como tema, apresentou-se como garantia suficiente da verdade e infalibilidade do que pregava. Agiu assim porque Ele é Deus. Só Ele pregou a si mesmo, só Ele exigiu por base única da convicção de seus discípulos a fé absoluta em sua Palavra. Jesus Cristo demonstrou ter uma consciência tão plena de que Ele é a Verdade, que apresentou sua pregação como norma universal de conduta, critério infalível de julgamento, sinal inquestionável de sua missão divina. E tudo em seu próprio Nome!


2a. MARCA: NINGUÉM SUPEROU JESUS NA AUTORIDADE COM QUE ELE PREGAVA
Jesus Cristo é Deus. A autoridade com que Ele pregava é mais uma prova de sua divindade. Eis a impressão do povo, quando Ele finalizou o Sermão da Montanha: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas de sua doutrina; porque Ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas” (Mt 7.28,29). Veja também Mateus 21.23-27; 28.18; Marcos 1.22; Lucas 4.32.
Em João 7.46, vemos que os próprios guardas que o haviam ido prender maravilharam-se diante da autoridade de sua palavra: “Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46).
Um historiador da filosofia observou que Sócrates, Platão, Aristóteles e outros grandes homens do paganismo chegaram a proclamar-se diante do mundo como arautos da verdade, intérpretes da tradição, ecos da ciência; mas nenhum deles ousou exigir uma fé inabalável em suas doutrinas, nem apresentaram-se como mestres únicos, juízes infalíveis da humanidade. Pelo contrário, vê-se que eles foram constantemente atormentados pelo temor de cair em erro, em contradição. O próprio Aristóteles, momentos antes de morrer, declarou: "Vivi na dúvida, e morro na incerteza". Essa atitude jamais foi vista em Jesus, que pregava sempre com firmeza e autoridade absolutas, pois sabia que a sua Palavra é a Verdade, que Ele mesmo é a Verdade. Essa palavra da qual depende a vida ou a morte, a luz ou as trevas, a existência ou o nada, não pode ser simplesmente humana: É o Verbo de Deus diante do qual estremecem todos os seres por Ele criados, e curva-se o Universo inteiro!


3a. MARCA: NINGUÉM SUPEROU JESUS EM PROFUNDIDADE E CLAREZA DE MENSAGEM
Ninguém pregou como Jesus Cristo pregou, ninguém conseguiu ser entendido pelo povo tanto quanto Ele o conseguiu. Só Deus, falando à humanidade, atingiria tal grau de clareza e profundidade em sua mensagem. A linguagem de Jesus é a linguagem de Deus: clara e profunda, sublime e simples, elevada e popular ao mesmo tempo. Sob o véu de simples parábolas, Jesus ensinava verdades de celestial beleza. Ele condensava em expressões breves e fáceis as leis da consciência humana, os princípios fundamentais da família e da sociedade, os mistérios da alma e de Deus.
“Jesus Cristo é o orador mais sublime e popular que existiu, é incomparável, não tem rival”, afirmou o historiador inglês Gibier. Ele dirigiu-se a todos os homens, e todos o compreenderam. Examinando os quatro Evangelhos, vemos que a palavra de Jesus não é um relâmpago que brilha por um instante, e em seguida apaga-se e deixa-nos submergidos nas trevas, conforme ocorre com a palavra de filósofos e cientistas. Não. A palavra de ensino de Jesus é um sol admirável suspenso no firmamento do mundo, constantemente iluminando com seus raios tanto os altos e elevados cumes das montanhas, como os profundos e obscuros vales. Tanto o sábio quanto o iletrado o entendem!



4a. MARCA: NINGUÉM CONSEGUIU PREGAR COMO JESUS PREGOU PARA TODAS AS ÉPOCAS
Jesus Cristo é Deus, e Sua mensagem continua atual, apesar de passados quase dois mil anos do tempo em que Ele pregou na Palestina. O homem comum, por mais capaz que seja, não pode libertar-se dos limites que o cercam, do selo do limitado e finito que está impresso em seu ser e em seus atos. Tudo o que ele diz, deseja a realiza tem sempre relação com as realizações de uma geração determinada, e todas elas são finitas.
O historiador Bougaud observa que também “os homens de pensamento puro, os sonhadores solitários, os poetas, os filósofos, os artistas, aqueles cuja vida dedicada ao culto do ideal vai mais longe na humanidade e passa rapidamente, são também de um determinado tempo. Através das estrofes de seus poemas ouvem-se, com os clamores da humanidade, os clamores de sua época; com os suspiros da alma humana, os suspiros do povo, do século, da cidade onde essa alma rogou, chorou, sofreu e amou.”
Porém, isso não ocorre com Jesus. Ele não representa os ideais de um século, a tradição de uma raça, as aspirações de um país, a tendência de uma época qualquer. Não. A Obra e a Mensagem de Jesus Cristo estão acima de tudo isso, porque Ele é Deus! Seus ensinamentos estão acima de todas as ciências, de todas as épocas, e da cultura de todos os povos. O próprio materialista francês Ernesto Renan, em cujo livro Vida de Jesus tentou atacar a divindade de Cristo, reconheceu que Jesus “é a honra de todo o que leva em seu peito um coração humano”, e é “o nosso grande Mestre, o Indivíduo que fez com que a espécie humana desse o grande passo para o divino”.
Renan reconheceu também que “a história inteira seria incompreensível sem Jesus”, e que “todos os povos civilizados datam a sua era do dia em que Ele nasceu, porque ele é para a humanidade um princípio inesgotável de renascimentos morais e espirituais”. É de admirar o fato de que esse homem, após ter dito tantas palavras de exaltada admiração sobre a pessoa de Jesus, fosse capaz de negar sua divindade! Mas que importa a descrença, o ódio, a impiedade, as calúnias, as negações, as perseguições contra a pessoa do nosso Salvador? Apesar de todos os seus inimigos, Jesus Cristo é Deus que nos visitou ao tornar-se carnalmente um de nós, e seu Reino cresce dia após dia, e jamais terá fim!
Jefferson Magno Costa